IRVING PENN, O MESTRE DAS IMAGENS
Uma exposição no Grand Palais de Paris em parceria com o Metropolitan Museum of Art comemora em 2017 os 100 anos do nascimento deste grande fotógrafo, que marcou juntamente com Richard Avedon a fotografia de moda do século XX, influenciando gerações de fotógrafos.
Além da moda Irving Penn destilava a sua maestria com rara elegância nos territórios do retrato, do still life e ainda trazendopara o universo do estúdio personagens de outras culturas que ele encontrava em grandes viagens carregando um estudio para a Africa, Nova Guiné e outros lugares.
Os seus retratos registraram os maiores artistas, escritores e personagens do seu tempo, numa expressão única de profundidade e intimidade que os torna inigualáveis.
O despojamento dos seus fundos neutros, com painéis aparentemente desleixados e restos de carpete pelo chão onde ele colocava igualmente Picasso, Stravisnki ou a Duquesa de Windsor serviam de contraponto para a exaltar a importância dos personagens e foram copiados por décadas a fio.
Os seus still lifes, muitas vezes provocatórios, revelam um controle absoluto da luz e dos objetos, para dar-lhes uma dimensão que ressoa além das aparências.
Irving Penn foi um grande artista com um instrumento contemporâneo nas mãos, que ele soube exaltar e valorizar, colaborando para dar vida a uma nova linguagem. Um marco na história da fotografia.
Curiosamente eu havia escolhido para mostrar o seu trabalho este livro que comprei em Paris há mais de 20 anos, e que é um resumo da sua carreira: En Passant.